O velho amigo

Nos últimos 25-30 anos, meus caminhos se cruzaram muitas vezes com os caminhos do Abicalam.

Ele como dirigente esportivo já muito ativo e eu como jornalista esportivo e presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). As primeiras vezes foram na então acanhada sede da Federação Paulista de Futebol, n avenida Brigadeiro Luís Antônio. De outras vezes nos encontramos na já majestosa sede da FPF, na loja de acessórios automotivos do Abicalam e na antiga sede do Sindbol, anterior à atual sede própria, comprada com esforço e trabalho de muitos dirigentes, entre eles, Jorge Abicalam.

Esse relacionamento se estreitou muito neste ano, desde que fui convidado a tomar conta da Comunicação do Sindbol, a partir de fevereiro último, quando ainda não se falava em pandemia. O surto da pandemia dificultou nosso trabalho, mas, não impediu os encontros uma ou duas vezes por semana, presenciais ou à distância.

Se, antes já havia um grande respeito do jornalista pelo dirigente esportivo, o estreitamento desse relacionamento me fez conhecer o lado humano que se escondia por trás da cara sempre fechada do amigo Abicalam.

É uma perda sentida, muito sentida. Em todos os aspectos: no esportivo e no humano. E mais: a maneira trágica, dolorida e rápida com que essa doença leva nossos entes queridos sem sequer nos dar a oportunidade da última despedida torna tudo mais difícil. Mas, caro amigo Abicalam, Você marcou sua passagem pela vida. Fique com o Senhor.